Todos os verões, os vendedores que vendem as bolas de Berlim – donuts recheados de creme sem um buraco no meio – lotam as praias portuguesas. Arrastando-se através da areia fervente e tocando um sino para anunciar sua chegada, eles entregam esses doces maravilhosamente simples para banhistas famintos, muitos dos quais associam uma viagem à costa com o doce deleite. Um monte de bolas é vendido na praia a cada ano; o número presumido é quase tão surpreendente quanto o conteúdo calórico de uma bola grande e gorda cheia de creme. Não é surpresa, portanto, que um aplicativo que promete ser o Uber das bolas tenha sido um sucesso imediato.
A ideia do aplicativo Bolinhas surgiu pela primeira vez em uma conversa que Ignácio Correia, o fundador do aplicativo, teve com seu irmão mais novo em uma praia no Algarve, onde ele e seus irmãos cresceram. Demorou alguns anos para que Correia atuasse na ideia, mas acabou desenvolvendo o aplicativo através de sua empresa Algardata. Lançada no início de julho deste ano, Bolinhas já ganhou força, tanto com clientes (o aplicativo registrou cerca de 6 mil downloads na primeira semana) e vendedores se candidataram para trabalhar com o aplicativo. Atualmente, ele leva a loja da Apple e o Google Play para downloads na categoria de alimentos em Portugal.